Faltando uma semana para a próxima edição do evento eu não podia deixar de postar o relato e vídeo de mais uma Campus Party Brasil.
Mais uma vez, excesso de trabalho e falta de organização atrasaram esse texto cerca de um ano, de certa forma isso foi bom pois agora posso dizer o que esperar da próxima edição, que começa na semana que vêm.
Mesmo tendo se passado tanto tempo, a memória da Campus Party é fresca e facilmente reavivada pelo vídeo que gravei no evento. Fiz na época uma análise simples no local e registrei o máximo que pude no vídeo abaixo:
Algo que tenho acompanhado nas ultimas semanas são diversos anúncios de outras versões (menores) do evento espalhadas pelo Brasil. Por um lado eu acho isso muito bacana pois leva o evento à um publico maior que provavelmente não teria acesso ao evento. Por outro lado, eu sei que esses outros eventos são mais curtos e não tem a mesma atenção da organização que o de São Paulo. No geral a Campus Party sempre foi um evento bem legal mas extremamente mal organizado.
Quando a Campus Party Brasil começou o evento era de uma semana, extremamente denso em conteúdo e focado em tecnologia e desenvolvimento.
Com o passar das edições o evento encolheu e se diversificou, mudaram os patrocinadores e a organização o que afetou um pouco o formato.
Agora temos mais áreas e alguns temas, como empreendedorismo e startups, tem destaque até maior do que algumas áreas de tecnologia, que ficaram em palcos divididos ou itinerantes.
Temos algumas empresas novas que parecem não ter relação nenhuma com o público do evento participando (Como mostrado no vídeo) e outras de longa data que ainda tentam acertar o formato de ação a praticar.
É o caso por exemplo da Ford, que sempre faz ações no evento, mas sempre que eu fico sabendo o que de fato está rolando já é tarde para se inscrever.
Algumas empresas fazem algum alarde nas redes sociais mas não dizem exatamente o que, quando e onde as coisas vão acontecer.
O grande problema que vejo nesse tipo de abordagem é que as empresas esquecem que as pessoas muitas vezes não estão o tempo todo no evento, e que não vieram para o evento só para participar da promoção dela. O problema com hackatons quando não são bem explicados é que parece que você vai trabalhar de graça full time por uma semana.
Por outro lado algumas empresas já começaram a informar que farão competições e deram dicas do que será e qual será o premio.
A IBM por exemplo estará fazendo um hackaton sobre o IBM Watson, IoT e Chatbots, que no final dará ao vencedor um notebook Alienware 17 R4.
A Visa enviou um e-mail para todos os participantes avisando (ta da dum tsss) que também fará um hackaton. Será sobre o desenvolvimento de APIs para pagamento contactless e as regras para participação e premiação estão no site. Isso já um progresso mas ainda é meio vago, olhando para o regulamento não fica claro como será o hackaton.
Uma coisa que eu sempre achei estranha foi o tal portal do “campuse.ro”, alem de extremamente caótico, traduzido pela metade e feio, eu nunca encontrei ninguem que de fato usasse o portal. A impressão que eu tenho é que a equipe de cada pais teve uma ideia do que o portal devia ter sido e implementou um puxadinho. Hoje ele vai de agenda e vídeos das edições antigas a portal de busca de empregos.
Mas nem de tudo eu quero reclamar, com a mudança de formato veio muita coisa boa! A mudança de disposição dos palcos facilitou muito a locomoção pelo evento e a interação com os palestrantes. Mesmo com todos os problemas o evento parece mais organizado e o conteúdo dessa edição foi excelente.
Já dei uma boa olhada na agenda e as palestras desse ano parecem extremamente promissoras, incluindo a excelente apresentação do Steve Wozniak que está reprisando sua aparição feita em uma das primeiras Campus Party que eu fui.

Mesmo eu tendo recomendado não levar mochilas na ultima edição, a edição 2017 estava com a fila tão organizada que estou considerando carregar o notebook para poder participar dos eventos de programação que estão sendo divulgados.
Alem disso o evento foi uma ótima oportunidade para testar a câmera DSLR que eu tinha acabado de comprar e não sabia exatamente como usar (o que explica o vídeo fora de foco e algumas fotos mais granuladas, embora ainda assim com uma qualidade superior aos anos anteriores), então como de costume seguem toneladas de fotos.